Ciclone traz ressaca e ‘lagoa’ volta a aparecer na praia Central de Balneário Camboriú

A praia Central de Balneário Camboriú, no Litoral Norte do Estado, voltou a registrar “lagoas” nesta quinta-feira (13). O ciclone extratropical que atingiu a região trouxe, além do vento forte, ondas grandes e ressaca.

Lagoa se formou em trecho da praia na Barra Sul

Formação foi registrada na praia Central de Balneário Camboriú – Foto: PMBC/Reprodução/ND

Com o avanço do mar sobre a faixa de areia, alguns pontos da orla da praia registraram a formação de “lagoas”, semelhantes a piscinas naturais. O acúmulo de água acontece, principalmente, na faixa de areia da Barra Sul, próxima ao molhe.

É possível acompanhar a evolução do fenômeno ao vivo através das câmeras de monitoramento instaladas na praia Central, que são transmitidas através de um site da prefeitura.

Porém, esta não é a primeira vez que as “lagoas” aparecem na orla de Balneário Camboriú. A formação tem sido registrada desde o final da obra de alargamento, em outubro de 2021.

Desde então, sempre que chove um pouco mais ou que o mar avança por conta de condições climáticas, as lagoas ou piscinas se formam na região.

Engenheiro explica fenômeno das lagoas

Toni Frainer, engenheiro e diretor de planejamento e gestão orçamentária de Balneário Camboriú, explica que o fenômeno é normal e monitorado pelo departamento de planejamento da Fundação do Meio Ambiente da cidade.

“É normal que na região da Barra Sul ocorram pequenas lagoas e escarpas, tanto que em projeto executivo estava prevista colocar volume maior de areia nesta região, pois neste tipo de obra é normal que ocorram esses fenômenos”, explica Frainer.

O engenheiro destaca ainda que nas praias após o alargamento é necessário este período de conformidade e dependemos da natureza para a praia entrar em equilíbrio após eventos com energia de ondas mais intensas, as chamadas de ressacas.

Ainda de acordo com o Frainer, o fenômeno ocorre naturalmente, principalmente em dias frios, porém concentrados na Barra Sul.

“Tanto que dos 5,8 mil metros extensão de praia Central, somente nesta região surgem algumas lagoas pequenas que se formam em período curto e o próprio movimento do mar cobrem as mesmas”, destaca.

Os especialistas informam ainda que isso acontece com mais intensidade nos períodos frios e menos intensidade nos períodos mais quentes.

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