Balneário Camboriú é a cidade mais ‘apertada’ de SC; descubra o porquê

Mais de três mil pessoas por km². Essa é a taxa de densidade demográfica de Balneário Camboriú, no Litoral Norte catarinense, que faz com que a cidade seja número 1 do Estado no ranking. No Brasil, a cidade dos arranha-céus está em 41º lugar.

Os números são do último censo demográfico, feito em 2022 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Isso significa que, a segunda menor cidade de Santa Catarina em área de unidade territorial também é a que tem mais habitantes em um pequeno espaço.

Vista de Balneário Camboriú

De acordo com último Censo Demográfico, cidade é a mais “apertada” de SC – Foto: SECOM Balneário Camboriú/ Divulgação

O portal ND Mais conversou com o economista e professor de Relações Internacionais da Univali, Daniel Corrêa da Silva, para entender quais são os impactos disso para a cidade e para a região.

É possível que Balneário Camboriú cresça mais?

É sabido que as pessoas da região estão começando a se deslocar para cidades ao redor em busca de locais maiores e com melhor custo-benefício, como já foi mostrado pelo ND Mais recentemente. Mesmo assim, o especialista aponta que ainda é possível que a população em Balneário Camboriú cresça.

“Dado que a maior parte da verticalização de Balneário Camboriú ainda se concentra nas avenidas Atlântica e Brasil, há sim espaço para que o número de habitantes seja ainda maior. No entanto, como o apelo destas regiões é menor e já há relativa saturação das áreas mais consolidadas, o ritmo de crescimento demográfico em Balneário Camboriú tende a ser bem menor do que foi nas últimas décadas”, explica o professor.

Praia Central Balneário Camboriú – Foto: Divulgação/PMBC

“Prova disso é o efeito de transbordamento representado pelo aquecimento do mercado imobiliário nas vizinhas Itapema, Porto-Belo, Bombinhas, Itajaí, Navegantes, Balneário Piçarras, Penha e Barra Velha. Percebendo o movimento em direção às cidades vizinhas é que o município de Balneário Camboriú tem apostado em equipamentos públicos de turismo que mantenham a cidade destacada”, continua.

Destruir para construir

No último mês, o ND Mais noticiou a demolição de um prédio na Avenida Atlântica para a construção de outro maior.

Na ocasião, o portal lembrou que a alta densidade demográfica nas áreas mais nobres da cidade poderia ser incentivo para que construtoras apontassem em novos empreendimentos  – mesmo que, para isso, haja mais demolições.

Imagem de como deverá ficar a nova orla da Praia Central, após obras – Foto: SECOM Balneário Camboriú/ Divulgação

“Esta é uma alternativa que pode ser utilizada mais vezes e em outras oportunidades. A própria obra de alargamento da faixa de areia está na direção de aumentar as possibilidades de utilização de uma espécie de renda da terra associada à paisagem, que pode ser aprofundada com a demolição de prédios antigos que deem lugar a construções mais novas e mais altas”, diz Daniel.

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