Primeiro Torneio de Xadrez para Autistas do Brasil será neste sábado, na Univali Itajaí

O primeiro Torneio de Xadrez para Autistas do Brasil será realizado na área de convivência do Bloco F, do campus da Univali/Itajaí, neste sábado (24), das 9h ao meio-dia. O torneio é  aberto a todas as idades e as categorias que serão: Iniciante, intermediário e avançado.

A iniciativa é do professor Maurício de Paula, que está promovendo o torneio em parceria com a AMA Itajaí e Fundação Municipal de Esportes de Itajaí, com apoio da Univali, que cedeu o espaço.

“A ideia do evento é promover a estas crianças um ambiente acolhedor e que ao mesmo tempo os insira em uma situação de desafio, autoestima,  controle de emoções. Estas situações contribuem para o estímulo da prática de esportes e maior socialização”, disse Maurício.

Ele tem expectativa que 30 crianças e adolescentes participem deste primeiro torneio.

Inscrições gratuitas pelo https://forms.gle/MBSkxZxu8zcDtT6e7

A importância da prática

A fundadora e hoje coordenadora da AMA Litoral de Balneário Camboriú, Cátia Franzoi, falou sobre a importância da prática do xadrez para autistas.

“O xadrez tem se mostrado uma ferramenta valiosa na terapia para crianças e adolescentes autistas, oferecendo uma série de benefícios que podem auxiliar no seu desenvolvimento. Dentro dos vários benefícios temos o desenvolvimento cognitivo, porque o xadrez estimula o raciocínio lógico, a resolução de problemas e a tomada de decisões. As crianças e adolescentes autistas podem se beneficiar ao aprender a planejar e antecipar as ações do oponente, o que pode melhorar suas habilidades de pensamento crítico”, disse Cátia.

O jogo exige atenção e foco, por isso aumenta a concentração dos praticantes. Segundo Cátia, outro fator importante é que ele contribui para o desenvolvimento social, proporcionando oportunidades para interações com o outro. Essas interações ajudam a desenvolver habilidades como a comunicação, a empatia e o respeito.

“O controle emocional onde as crianças e adolescentes aprendem a lidar com a vitória e a derrota, promovendo o desenvolvimento da resiliência emocional. Isso pode ser particularmente benéfico para crianças e jovens autistas, que podem ter dificuldades em lidar com frustrações e desafios. Aí vem a estratégia e planejamento que traz o planejamento a longo prazo. Os jogadores devem pensar em várias jogadas à frente, o que pode ajudar a desenvolver uma mentalidade mais estratégica em outras áreas da vida”, salientou.

A melhora da autoestima, porque traz a possibilidade de participarem de competições, é outro fator importante na prática do xadrez.

“Além destes é importante ressaltar de que o xadrez pode ser um ótimo meio de inclusão, pois permite que crianças com diferentes níveis de habilidade joguem juntas. Isso cria um ambiente de aceitação e diversidade, que pode ser muito benéfico. Pode ser uma técnica de relaxamento por ser uma atividade divertida, oferecendo um espaço seguro para as crianças explorarem suas habilidades em um ambiente menos pressionado. Concluo dizendo que integrar o xadrez na terapia de crianças e adolescentes autistas pode ser uma forma eficaz de promover o seu desenvolvimento integral”, resumiu Cátia Franzoi.

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