Como é feita a análise que determina quais praias de SC estão próprias para banho

O último relatório do Emasa apontou que 9 dos 15 pontos das praias de Balneário Camboriú estão próprios para banho, fato animador para o verão. Essa análise mede a balneabilidade da água e é feito tanto pela entidade quanto pelo IMA (Instituto do Meio Ambiente), mas como ela funciona?

Dois bombeiros do CBMSC caminham nas praias de Santa Catarina

Análise de balneabilidade das praias de Santa Catarina começa pelos bombeiros – Foto: CBMSC/Divulgação/ND

Para uma praia estar própria para banho, precisa ter uma medição de E.Coli em NMP/100mL abaixo de 800 em um conjunto de amostras das últimas cinco semanas. O termo parece complicado de entender, mas é nada menos do que a concentração da bactéria Escherichia Coli por 100 mililitros.

Bombeiros realizam primeira parte do processo de análise das praias

O procedimento costuma ser iniciado por guarda-vidas do CBMSC (Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina). Eles coletam amostras de água nas praias analisadas e enviam ao IMA, ou a empresas contratadas para fazer o serviço.

Com o material em mãos, a equipe da entidade responsável dilui 10 ml da porção em 90 ml de água e inserem um produto que serve para a bactéria se desenvolver. Após isso, colocam em uma cartela e a amostra se subdivide em celas, o que dificulta a proliferação da E.Coli.

Praia de Santa Catarina em dia ensolarado, com pessoas na água

Para uma água estar limpa e livre de patogênicos, deve obedecer a requisitos mínimos de presença da bactéria Escherichia Coli. – Foto: Melhores Destinos/Divulgação/ND

Essas cartelas ficam 18 horas incubadas para, depois, ser feita a leitura do material. Se na câmara de leitura aparecer uma fluorescência, é evidência da presença da Escherichia Coli. Desse modo, a amostragem da bactéria é calculada nos itens coletados.

A quantidade obrigatória das últimas cinco semanas para a água estar própria para banho é de, no máximo, 800 E.Coli em NMP/100mL, mas ela pode estar mais bem preservada. Com menos de 500 a balneabilidade está “muito boa” e se não passar de 250, está “excelente”.

No entanto, as praias também podem estar impróprias caso a última amostragem apresente um valor superior a 2.000 E.Coli por 100 mililitros, dispensando a necessidade de cinco semanas de cálculo.

Praia em dia ensolarado

Condições meteorológicas e poluição podem afetar fortemente a balneabilidade das praias – Foto: Airbnb/Reprodução/ND

Chuvas fortes, e constantes, podem prejudicar balneabilidade

Fatores que potencializam a impropriedade são poluição e, em muitos casos, a chuva. Para impedir esse cenário, são necessárias melhorias no saneamento e de fiscalização de fossas, filtros e sumidouros.

Os microrganismos patogênicos podem causar severas doenças ao ser humano. Alguns exemplos são febre tifóide, cólera, amebíase, poliomelite, hepatite infecciosa, entre outras. Junto a isso, podem haver fungos patogênicos na areia, trazidos pela maré contaminada.

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