O que achamos de ‘Barbie’? ND+ relata experiência do filme, sem spoilers

Com sessões lotadas e uma “invasão” cor de rosa, ver o filme live action “Barbie” é, de fato, uma experiência. Entre grupos de amigas – todas de “look” rosa – famílias e casais, aproveitamos o primeiro final de semana do longa nos cinemas para logo descobrir se o lançamento é mesmo tudo que os fãs aguardavam.

Barbie atrai público para cinemas

ND+ conta como é experiência de assistir o filme nos cinemas – Foto: Nathalia Fontana/ND

Já na fila da pipoca, no aguardo de uma das sessões no Balneário Shopping, em Balneário Camboriú, Litoral Norte de SC, era impossível não notar a predominância cor de rosa.

Algumas pessoas vestiam pink “dos pés a cabeça”, e pareciam ter saído do filme, ou de uma caixa de boneca. Já outras usavam as cores em algumas peças chave, na maquiagem ou nas unhas – tudo para remeter ao mundo rosa da Barbie.

Além da pipoca, havia quem esperasse para garantir a foto dentro da famosa caixa da Barbie, e se sentir uma das bonecas por alguns segundos, eternizados em um clique.

Cor rosa predominava na fila da pipoca – Foto: Nathalia Fontana/ND

Já na sala de cinema, majoritariamente – mas não somente – feminina, a experiência do filme parecia ser compartilhada com um grande grupo de amigos, ainda que fossem desconhecidos.

Com classificação indicativa de 12 anos, o filme de fato não foi feito para o público infantil. Nem tanto pelo conteúdo e imagens, mas especialmente pela mensagem principal da trama, voltada para quem um dia brincou de Barbie e hoje enfrenta os dilemas do mundo dos adultos.

Até certo ponto, o longa parece o “óbvio” que se imaginaria de um filme da boneca mais famosa do mundo: lúdico, colorido, divertido e animado. Mas uma virada de chave faz tudo mudar, e o foco da atenção da história também.

Barbie consegue emocionar e fazer o público refletir enquanto preserva o universo infantil da boneca com detalhes que só quem já brincou com ela sabe reconhecer.

As referências muito bem pensadas fazem toda a diferença na imersão na Barbielândia e no resgate das memórias de infância, quase esquecidas depois de tantos anos.

Ao mesmo tempo, o live action consegue trazer uma nova versão da personagem, longe da perfeição, com medos, angústias e sentimentos reais, ainda que protagonizados por uma boneca.

Barbie faz reflexão sobre mundo em que vivemos

Essa Barbie, que um dia já foi símbolo de um “estereótipo a ser seguido”, mais tarde se transformou em um ideal de empoderamento e exemplo de que somos múltiplas e diversas. Todas essas facetas são exploradas na trama, assim como a relação de amor e ódio pela boneca.

O filme é um mergulho em reflexões sobre o que é ser mulher e qual o nosso espaço no mundo, já muito maior do que foi um dia, mas ainda longe do que gostaríamos que fosse.

Com humor ácido e ironia usados sem moderação, a maior parte do enredo carece de interpretação e reflexão, sem poder ser levado “ao pé da letra”.

Repleto de críticas à sociedade e ao patriarcado, ainda que em grande parte voltadas para os desafios femininos, o lançamento passa longe de ser um filme somente “para mulheres”.

O filme questiona, com um ar de brincadeira, o porquê das coisas serem como são, e reforça a importância de buscar o autoconhecimento e a própria essência, deixando de lado tudo aquilo que um dia nos disseram que teríamos que ser.

Com certeza, o longa vale o hype e a experiência coletiva de voltar ao mundo da Barbie nos dias atuais, com todas as dores e alegrias de lidarmos com problemas do mundo real, assim como a boneca.

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