Em evento com Décio, Alckmin diz que “mau gosto de Milei” não afeta relação com a Argentina

O presidente em exercício Geraldo Alckmin (PSB) ironizou a difícil relação entre os presidentes Lula e Javier Milei, mas descartou que isso afete a relação comercial entre Brasil e Argentina. Ele foi questionado sobre o tema durante o evento Transformar Juntos, ao lado do presidente nacional do Sebrae, o catarinense Décio Lima (PT).

Geraldo Alckmin discursa ao lado de Décio Lima em evento do Sebrae

Décio Lima, presidente nacional do Sebrae, ao lado do presidente em exercício Geraldo Alckmin (PT) no evento Transformar Juntos – Foto: Agência Sebrae/Divulgação/ND

Milei participou do CPAC Brasil, em Balneário Camboriú, onde confraternizou com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e lideranças de direita, incluindo o governador catarinense Jorginho Mello (PL). O presidente argentino não quis participar da reunião do Mercosul, onde está o presidente Lula.

“São relações de Estado. O mau gosto do Milei é assunto dele, nós temos é que fortalecer as relações de Estado”, disse Alckmin, ao lado de Décio Lima.

Ao discursar no evento, Alckimin disse que antes de transmitir-lhe o cargo para a viagem ao Paraguai, Lula pediu para que prestigiasse o evento do Sebrae.

“O presidente Lula me deixou quatro recados: “vá no Sebrae, vá no Sebrae, vá no Sebrae, vá no Sebrae”. Ele foi ao Paraguai, hoje Bolívia, para a reunião do Mercosul e este é um fato importante. O mundo é globalizado, mas o comércio é intrarregional”, observou Alckmin.

Décio desta compras governamentais de pequenas e médias empresas

Na abertura do Transformar Brasil, o foco foi a ampliação das compras governamentais de pequenos e médios produtores.

Décio Lima defendeu uma “visibilidade diferenciada e maior participação desse segmento. Dados do governo federal mostram que as vendas dos pequenos negócios para o setor público alcançaram o valor de R$ 42 bilhões em 2023, valor que representa 25% do total das compras governamentais.

As MPE representam 60% dos fornecedores do governo, sendo a maior participação de microempresas (38,44%), seguida por empresas de pequeno porte (28,24%) e outros portes (33,32%).

“Precisamos ampliar participação das micro e pequenas empresas nas compras públicas, entender a economia local e criar facilidades para que o empreendedor possa vender para a prefeitura rapidamente. Nós temos que dar uma visibilidade diferenciada aos pequenos negócios, porque é este setor que gera milhões de empregos na economia e que permite a renda para o povo brasileiro. Aqui está a solução, a oportunidade e a possibilidade de um Brasil de todos os brasileiros, sem fome, sem miséria”, destacou Décio Lima.

O presidente do Sebrae também comemorou os resultados alcançados pelos programas da instituição voltados à ampliação do mercado das compras públicas para as micro e pequenas empresas.

“Já realizamos mais de 34 milhões de atendimentos junto a gestores públicos e donos de pequenos negócios. O Cidade Empreendedora, uma dessas iniciativas, já está presente em 2.400 municípios brasileiros, nas 27 unidades da federação”, acrescentou o petista catarinense.

Alckmin relembra experiência no governo de São Paulo

Geraldo Alckmin também destacou o tema e compartilhou sua experiência, enquanto governador de São Paulo, ao estimular as compras governamentais.

“Comprar do pequeno estimula, faz a economia crescer. Cooperativismo é importante: o pequeno se associa e passa a ter escala, compra melhor, vende melhor, agrega valor. O Sebrae é fundamental, porque tem expertise para ajudar a economia crescer”, ressaltou.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.