SC pode ter a mesma ressaca de ondas que invadiu praias do Rio de Janeiro? Pesquisador explica

O litoral da cidade do Rio de Janeiro foi atingido por uma ressaca marítima que causou estragos na zona sul no domingo (5). Vídeos publicados nas redes sociais mostram ondas invadindo as vias e banhistas sendo arrastados.

A revolta do mar causou grandes estragos – Foto: @sputnik_brasil/Twitter/Reprodução/ND

As praias de Copacabana, Ipanema e Leblon foram atingidas por ondas de até 3,5 metros. O fenômeno invadiu o calçadão e alargou as ruas.

O Sistema Alerta Rio ainda emitiu o aviso que mais ressacas podem atingir o mesmo local até às 18h desta segunda-feira (6). O Alerta Rio indica que o acontecimento foi motivado por conta de um sistema de baixa pressão do mar.

As praias de Copacabana, Ipanema e Leblon foram atingidas por ondas de até 3,5 metros – Vídeo: @favelacaiunfce/Twitter/Reprodução/ND

SC pode ter ressaca de ondas?

Segundo o biólogo e professor dos cursos de pós-graduação em Ecologia e Oceanografia da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), Paulo Horta, o risco de acontecer é real.

Horta afirma que a motivação são as mudanças climáticas, que estão mais frequentes e intensas. Elas podem afetar o litoral brasileiro, e especialmente o Sul do Brasil.

O biólogo explica que a presença de um ciclone em junção com o período de marés de sizigia aumentam as chances de fenômenos similares.

“Estamos falando de região urbanizada, como o bairro rio Tavares, situado no Sul da Ilha de Florianópolis. Além disso, as praias de Balneário Camboriú também correm riscos”, explica Paulo Horta.

Locais onde correm mais riscos de ocorrer ressacadas marítimas – Foto: Climate Central/Divulgação/ND

Conforme Horta, as áreas em vermelho no mapa acima são as mais vulneráveis a ressacas marítimas.

No entanto, esses eventos alimentam as causas climáticas, segundo o professor, pois carregam para o oceano poluentes que induzem maior liberação de gases estufa.

Além disso, o biólogo também explica que a elevação do nível do mar devido ao derretimento das geleiras potencializa os eventos.

“A taxa anual de elevação poderá mais do que triplicar todos os anos até 2100”, resume.

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