Alargamentos de praias em SC são recomendados? Estudo da UFSC analisa prós e contras

Com um litoral repleto de paisagens exuberantes e o turismo como um dos principais setores econômicos em Santa Catarina, o processo de alargamento de praias tem se tornado mais comum. Um estudo realizado por pesquisadores da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) apontou sugestões e análises para estes processos, levando em conta os impactos ambientais.

Alargamento em praias catarinenses foi foco de estudo da UFSC

Alargamento em praias catarinenses foi foco de estudo da UFSC – Foto: Prefeitura de Balneário Camboriú/Divulgação

A Nota Técnica do Programa Ecoando Sustentabilidade foi assinada por quatro pesquisadores da UFSC e analisou o tipo de estudo ambiental necessário para o licenciamento das obras, a partir de casos catarinenses de alargamentos.

A pesquisa explica que a distribuição, transporte e deposição de sedimentos faz com que as praias se tornem ambientes resilientes, que mudam a partir de ocorrências climáticas e conseguem retornar ao estado original.

Contudo, o conjunto de fatores que envolve a ocupação das praias e seus entornos, assim como o represamento de rios, extração de areia e as mudanças climáticas enfrentadas globalmente acabam por gerar um déficit nos sedimentos.

A retirada da vegetação costeira também estaria entre as ações que levam ao processo de erosão. Após as obras de alargamento, porém, as praias estariam registrando erosão mais intensa, aponta o estudo.

Licenças para alargamento de quatro praias foram analisadas

A Nota Técnica analisa as Licenças Ambientais concedidas ou delegadas pelo IMA (Instituto de Meio Ambiente de Santa Catarina) entre 2018 e 2023, para empreendimentos de aterro, engorda ou alimentação artificial de praia e dragagem.

As praias de Jurerê, Canasvieiras e dos Ingleses, em Florianópolis, foram analisadas, assim como a praia Central de Balneário Camboriú.

A pesquisa ainda propõe uma revisão na forma como o tamanho das obras são classificados a partir do volume a ser dragado e da área de sedimentos removidos da porção sublitoral. O estudo também lista e analisa os impactos positivos associados aos alargamentos.

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