Praias famosas de 4 cidades litorâneas de SC estão impróprias para banho

Com pouco mais de um mês de verão, diversas praias do Litoral Norte de Santa Catarina estão impróprias para banho. O mais recente relatório do IMA (Instituto do Meio Ambiente) apontou problemas em diversos pontos de Balneário Camboriú, Itajaí, Balneário Piçarras e Penha.

Vista panorâmica da Brava, em Itajaí, uma das praias do Litoral Norte de SC impróprias para banho, segundo o IMA

Brava, em Itajaí, é uma das praias com balneabilidade prejudicada, segundo o IMA. – Foto: Getty Images/iStockphoto/ND

A chamada análise de balneabilidade é feita pelo CBMSC (Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina), fcoletando amostras de água das últimas semanas. Quanto maior a concentração da bactéria Escherichia Coli, menos própria está, caso das orlas da região.

As praias mais prejudicadas são a Central de Balneário Camboriú, Brava, de Itajaí, e a de Balneário Piçarras, que estão com todos os pontos impróprios para banho.

Praia Central de Balneário Camboriú durante a tarde

Praia Central de Balneário Camboriú está com todos os dez pontos impróprios para banho. – Foto: Divulgação/Prefeitura de Balneário Camboriú

Penha, por sua vez, tem um único ponto com boa balneabilidade, o da Prainha. De resto, toda a orla recebeu a bandeira vermelha do Corpo de Bombeiros.

A balneabilidade das praias não depende somente de poluição direta de banhistas. As chuvas também são um fator crucial, já que aumentam a turbidez da água e carregam dejetos à orla. Como o Litoral Norte sofreu com o mau tempo nas últimas semanas, foi prejudicado.

Praia de Balneário Piçarras durante dia ensolarado

Praia de Piçarras também está com balneabilidade prejudicada. – Foto: PMBP/Divulgação

Entenda como é feita a análise das praias pelos Bombeiros

Para uma praia estar própria para banho, precisa ter uma medição de E.Coli em NMP/100mL abaixo de 800 em um conjunto de amostras das últimas cinco semanas. O termo significa a concentração de Escherichia Coli por 100 mililitros.

O procedimento costuma ser iniciado por guarda-vidas do CBMSC (Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina). Eles coletam amostras de água nas praias analisadas e enviam ao IMA, ou a empresas contratadas para fazer o serviço.

Praia Alegre, em Penha, em dia ensolarado

Penha tem um único ponto com bandeira azul, ou seja, próprio para banho, de acordo com o IMA. – Foto: Prefeitura Municipal de Penha/Divulgação

Com o material em mãos, a equipe da entidade responsável dilui 10 ml da porção em 90 ml de água e inserem um produto que serve para a bactéria se desenvolver. Após isso, colocam em uma cartela e a amostra se subdivide em celas, o que dificulta a proliferação da E.Coli.

A quantidade obrigatória das últimas cinco semanas para a água estar própria para banho é de, no máximo, 800 E.Coli em NMP/100mL, mas ela pode estar mais bem preservada. Com menos de 500 a balneabilidade está “muito boa” e se não passar de 250, está “excelente”.

No entanto, as praias também podem estar impróprias caso a última amostragem apresente um valor superior a 2.000 E.Coli por 100 mililitros, dispensando a necessidade de cinco semanas de cálculo.

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