“Não atende aos interesses da população”, rebate vereadora sobre nota da prefeitura sobre estacionamento rotativo

A vereadora Juliana Pavan protocolou uma indicação ao Executivo a respeito de gratuidade no estacionamento rotativo pensando nos comerciantes da cidade, mas a prefeitura emitiu nota contrária, conforme noticiado pelo Página 3 (relembre aqui). Nesta terça-feira (23), Juliana rebateu a nota da prefeitura. Acompanhe abaixo.

Relembre a nota da prefeitura

Juliana se inspirou em modelo utilizado na cidade de Cascavel, no Paraná que prevê estacionamento rotativo gratuito por até duas horas em áreas comerciais.

Em nota, a prefeitura respondeu que ‘a rigidez do sistema de Cascavel, que aplica multas de R$ 195,23 e cinco pontos na carteira se um carro permanecer na mesma vaga por mais de 2 horas, é uma forma de penalizar excessivamente os motoristas’ e que em um município turístico como Balneário Camboriú, essa abordagem ‘criaria uma “indústria da multa”, prejudicando a toda comunidade além de afetar negativamente a experiência dos turistas’.

Foi ressaltado ainda que, ao contrário do modelo de Cascavel, em Balneário Camboriú as motocicletas, vagas de carga e descarga, as de até 15 minutos em frente a clínicas de saúde, escolas e afins, além de vagas para idosos, todos têm a gratuidade no estacionamento. 

“O sistema atual é de mobilidade social, a qual custeia o BC Bus proporcionando um transporte coletivo confortável, seguro, eficiente e principalmente gratuito a todos os trabalhadores da cidade”, acrescenta a nota.

Vereadora rebate

A vereadora Juliana Pavan enviou na tarde desta terça-feira (23) uma nota ao jornal onde diz que lamenta que a prefeitura rejeite a ideia de ‘tornar o estacionamento rotativo mais equilibrado, com a gratuidade de uso por até duas horas’. 

Ela afirma que a ideia ‘é simples e funcional’, mas que o Executivo ‘prefere complicar para tentar se explicar’.

“Citam que haveria excesso de multas, mas hoje, já não é o que ocorre, já sendo que não temos um minuto de gratuidade vigente? Em lei aprovada, ao menos, não existe. Em nossa proposição, a multa aconteceria após o período de duas horas gratuitas. Na prática, temos várias ruas com cobrança de rotativo, muitas em áreas residenciais onde o dono do imóvel paga para estacionar, até em frente de casa. E esse tipo de multa foi esquecida por quem escreveu a nota da prefeitura?”, questionou.

Juliana comentou ainda que  ‘claramente’ o estacionamento rotativo de Balneário Camboriú ‘não atende aos interesses da população’. 

“Nossa proposta seria um pontapé inicial, precisa-se ouvir as pessoas, especialistas do segmento e fazer um estudo que defina onde se aplicaria o novo sistema. Criar um equilíbrio entre a mobilidade urbana e as necessidades de cidadãos e turistas, garantindo uma experiência positiva para todos que visitam e residem em Balneário Camboriú. Reforçamos nosso compromisso em dialogar com a prefeitura, para encontrar soluções que realmente beneficiem a comunidade”, completou.

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