Traficantes sofrem prejuízo de R$ 28 milhões e são alvo de operação em Balneário Camboriú

Uma mega operação policial do Paraná cumpre na manhã desta terça-feira (8), mandados de busca e apreensão em diversas regiões do Brasil, entre elas Balneário Camboriú, Litoral Norte de Santa Catarina. A operação é comandada pela Polícia Civil e Ministério Público do Paraná

Desde esta manhã, os agentes estão nas ruas para cumprir 101 ordens judiciais contra uma organização criminosa responsável por distribuir drogas no Paraná, Minas Gerais, Rio de Janeiro e região Nordeste do Brasil. A estimativa é que o prejuízo causado ao crime organizado durante as investigações seja superior a R$ 28 milhões.

operação desarticulou complexa organização criminosa

Operação policial mobilizou agentes públicos deste a manhã desta terça-feira (8) – Foto: Reprodução/ND

Entre as ordens judiciais estão dez mandados de prisão preventiva, 45 de busca e apreensão, sequestro de 28 bens, sendo 20 de móveis e oito bens imóveis. Além do bloqueio de 17 contas-correntes e do afastamento de um policial civil do Estado de São Paulo, suspeito de integrar o grupo.

A ação acontece simultaneamente em Toledo, Pato Bragado, Entre Rios do Oeste e Curitiba, no Paraná, em Balneário Camboriú, Camboriú e Içara, em Santa Catarina e em Jaboatão dos Guararapes, em Pernambuco.

Investigações identificaram uma complexa organização criminosa

As investigações de alta complexidade começaram em março de 2023, após a PCPR e a PRF (Polícia Rodoviária Federal) apreenderem aproximadamente duas toneladas de maconha dentro de um caminhão frigorífico. A substância ilícita estava em um fundo falso no interior do veículo.

Operação resultou no prejuízo de quase R$ 30 milhões ao tráfico – Foto: Reprodução/ND

Após a ação, a PCPR cumpriu um mandado de busca e apreensão em uma chácara, utilizada para que o grupo criminoso fizesse o carregamento da droga, no município de Toledo, no Oeste do Estado. No local, os policiais civis identificaram um segundo caminhão frigorífico contendo fundo falso, grande quantidade de munição de fuzil e um bunker sob um chiqueiro de porcos, onde o entorpecente era armazenado.

Na sequência das investigações, foram identificados diversos suspeitos de envolvimento nos crimes, os quais, de forma organizada e com divisão de tarefas, carregavam a droga na região dos Lagos do Iguaçu e distribuíam para Curitiba, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Nordeste do País.

Operação comandada pela Polícia Civil do Paraná

A investigação da PCPR apontou que a distribuição do entorpecente era feita através de caminhões carregados com cargas frigorificadas, escolhida pela dificuldade de fiscalização destas, já que o rompimento do lacre pode comprometer o produto.

O caminhão seguia para o carregamento nas empresas já contendo a droga em fundos falsos, fato desconhecido do embarcador. Com as notas fiscais do produto lícito, seguia até o destino.

Operação cumpre mais de 100 ordens judiciais em diversas partes do Brasil – Foto: Reprodução/ND

A PCPR também apurou que os indivíduos mascaravam os valores vindos do comércio dos entorpecentes através da aquisição de bens móveis e imóveis, com o intuito de ocultar o real proprietário.

Prejuízo ao tráfico

A investigação, que durou quatro meses, gerou um prejuízo aproximado de R$ 28 milhões para os criminosos, sendo mais de R$ 20 milhões em bens que serão alvos de sequestros durante a operação, aproximadamente R$ 700 mil em bens apreendidos durante as investigações e cerca de R$ 7 milhões em drogas apreendidas.

Conforme apurado, os chefes da organização criminosa ostentavam padrão de vida elevado, com apartamentos e casas milionárias, viagens, carros luxuosos e veículos aquáticos.

Os indivíduos podem responder por organização criminosa, tráfico de drogas e associação ao tráfico. Caso condenados, a pena pode chegar a 38 anos de prisão, bem como pelo crime de lavagem de dinheiro, com pena de até dez anos de reclusão por cada conduta perpetrada.

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