Aliados de Fabrício mantém CPI da Emasa “engavetada”

O vereador Gelson Rodrigues, relator da CPI instaurada para apurar supostas irregularidades na Empresa Municipal de Água e Saneamento, Emasa, não aprontou o relatório preliminar, que está atrasado em três semanas, alegando inicialmente licença de saúde decorrente de uma cirurgia no pé.

O pé lesado impede o vereador de fazer relatório, mas não de fazer política, se posicionando como pretendente a vice, na chapa de Peeter Lee Grando. 

“Quero e estou trabalhando para isso (ser vice). Com a saída do MDB, tenho legitimidade e estou preparado para encarar este desafio”, disse Gelson na manhã desta quarta-feira ao Página 3.

Nos bastidores, algumas “bocas de conflito” afirmam que o relatório da Emasa, na mão de Gelson, se transformou numa arma para pressionar que o prefeito o indique como candidato a vice.

Se ele for vice o relatório sai ameno; se não for, pode pesar a mão.

Indagado a respeito, Gelson respondeu que “Isso não é verdade, estou trabalhando diariamente no relatório, mas pela quantidade de documentos, contratos e editais de licitação ainda não consegui concluir o relatório!”. 

Disse também que “semana que vem,de certeza”, o relatório ficará pronto.

FATOS CONCRETOS

A Emasa precisa ser investigada porque há fatos concretos como contratações suspeitas de produtos e serviços.

Também é fato público e notório que por incompetência, má fé ou interesses escusos (talvez criar clima para uma privatização), a direção da Emasa condenou Balneário Camboriú a duas temporadas de praia central poluída, um problema no sistema de tratamento de esgoto que seria resolvido rapidamente com o que a autarquia fatura em três semanas.

E durante praticamente dois anos o prefeito se omitiu, não fez absolutamente nada a respeito.

O fato do prefeito Fabrício de Oliveira se posicionar contra a CPI, por si só, é suspeito o suficiente para reforçar a necessidade de investigações.

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