Caravelas Portuguesas surgem em Balneário Camboriú; veja o que fazer ao encontrar

Quem caminhou pela faixa de areia da Praia Central de Balneário Camboriú, no Litoral Norte de Santa Catarina, nesta sexta-feira (2), se deparou com Caravelas Portuguesas, espécie de seres que vivem em colônia, isto é, estão conectados anatomicamente.

Imagem mostra caravelas portuguesas em Balneário Camboriú

Caravelas Portuguesas aparecem na praia Central de Balneário Camboriú – Foto: Reprodução/ND

De acordo com a prefeitura, com as altas temperaturas do verão, a água do mar também fica mais quente, favorecendo o surgimento de águas-vivas e caravelas nas praias de Santa Catarina.

Apesar de lindas, as Caravelas possuem toxinas que queimam a pele, por isso o alerta para não tocar nos animais. As Caravelas são jogados para a praia em razão dos ventos e das correntes. Fenômeno natural e comum nessa época do ano.

As autoridades alertam os banhistas de evitar tocar nos organismos, pois eles liberam toxinas, que podem causar irritação forte, dor intensa e queimaduras.

O bombeiro acompanha o surgimento desses animais e sinaliza com a bandeira roxa, para que os banhistas fiquem atentos na hora de entrar no mar.

Caravela Portuguesa roxa

Caravelas-portuguesas são as mais perigosas – Foto: Reprodução/ Instagram Vida Marinha

O que fazer quando encontrar Caravelas Portuguesas

De acordo com a Bióloga Carla Rosário, Coordenadora do projeto Praia Limpa do Oceanic Aquarium, as caravelas portuguesas (Physalia physalis) ocorrem nos oceanos Atlântico, Pacífico e Índico, sendo mais frequentes nas águas quentes das regiões tropicais e sub-tropicais.

A espécie é comum no Litoral Norte de Santa Catarina. Os organismos que formam as Caravelas Portuguesas vivem na superfície do mar aberto e utilizam as correntes e o movimentos das águas para se locomover, podendo aparecer nas costeiras e praias do Brasil.

“Eles são organismos que possuem um células chamadas cnidócitos, com capacidade de produzir uma toxina urticante e através de uma estrutura/filamento chamada nematatocisto, libera a toxina produzida. É importante frisar que elas não atacam as pessoas, a toxina é liberada apenas ao tocá-las”, explica Carla.

As Caravelas Portuguesas são extremamente importantes para a cadeia alimentar da vida marinha.  “Fico muito feliz em saber que temos as caravelas por aqui, isso significa, que elas estão sobrevivendo aos impactos ambientais e que a tartarugas estão mais perto da nossa costa. Algumas espécies de tartarugas marinhas se alimentam de cnidários”, destaca Carla.

Ao encontrar este animal nas praias é muito importante não tocar e cuidar ao entrar na água para não encostar nelas.

Praias com presença de águas-vivas ou caravelas-portuguesas são demarcadas pela bandeira roxa. Nestes casos, o cuidado é redobrado. Os animais chamam atenção pelas cores, mas não devem ser tocados.

Em casos de queimaduras por estes animais, a recomendação dos bombeiros é sair da água imediatamente e lavar o local com a água do mar. Os tentáculos do animal podem ficar “grudados” no local, e podem ser retirados com uma pinça. Depois da retirada, é recomendado lavar o local também com vinagre.

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