Baixa cobertura vacinal contra poliomielite em Balneário Camboriú preocupa MPSC

O município de Balneário Camboriú, Litoral Norte de Santa Catarina, recebeu na última quinta-feira (11) uma recomendação do Ministério Público para fazer uma campanha educativa com o fim de esclarecer a população sobre a imunização obrigatória contra a poliomielite.

Segundo o MPSC, foram 5.513 crianças de zero a quatro anos que tomaram a dose injetável ou a gotinha na cidade, que representa menos da metade das doses, sendo que o índice ideal é, pelo menos, 95% de cobertura.

Mesmo o município estando acima da média estadual, o órgão demonstra preocupação pela baixa cobertura vacinal. Por isso, a 4ª Promotoria de Justiça da comarca, com atribuição na área da infância e juventude, expediu a recomendação.

Balneário Camboriú recebe recomendações do MPSC

O Promotor de Justiça Alan Boettger sugeriu que o Município use meios de comunicação, como veículos de rádio, TV, jornais e redes sociais, para promover a importância da vacina, com atenção para a da poliomielite.

Além disso, o órgão recomenda que sejam ampliados os locais de vacinação, os dias e os horários de atendimento, bem como a realização de mutirões como o “Dia D”.

O MPSC também destaca ações que devem ser feitas para conscientizar pais, profissionais da educação e estabelecer parcerias com as escolas públicas e privadas.

Prefeitura informa que fez campanha antes da recomendação do MPSC

A Prefeitura de Balneário Camboriú informou em nota que realizou a campanha de vacinação contra a poliomielite antes da indicação do MPSC e que, além disso, foram feitas ações nas mídias oficiais do Município e orientações e campanhas nas Unidades Básicas de Saúde.

A nota também frisa que a cobertura vacinal da cidade é maior do que a estadual e ressalta que as salas de vacina estiveram abertas em horário estendido. Sendo feito também o dia “D” de vacinação em 8 de junho.

“Por fim, a Prefeitura reitera que segue orientando em suas unidades de saúde sobre a importância da vacinação. Mantendo as ações em parceria com a Secretaria de Educação junto a suas unidades escolares.”, conclui a nota oficial.

Santa Catarina possui baixa adesão à vacina contra a poliomielite

Santa Catarina apresenta no geral uma baixa adesão à vacina contra a poliomielite. Segundo a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE), no período da campanha, entre 27 de maio e 14 de junho, a média no estado ficou em menos de 44% de crianças vacinadas.

Conforme a Constituição Federal e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), é dever da família, da sociedade e do Estado garantir o direito à saúde das crianças. Nesse contexto, os programas de imunização estão previstos em lei.

Sobre a Poliomielite

A vacinação é a única forma de prevenir a poliomielite, que também é conhecida como paralisia infantil.

Conforme explica a DIVE, está é uma doença grave, contagiosa, que tem como característica a paralisia nos membros inferiores de forma irreversível.

A pessoa infectada pelo vírus causador da doença deve ser hospitalizada para tratar os sintomas, mas não há tratamento específico para esta enfermidade.